Da Contra-dança...
Escondi o meu rosto
Para não te ver. Expulsei de mim O meu coração sempre teu. Era suposto que eu o fizesse! A boca minha só sabia a féu Do que restou Da nossa contra-dança Pela vida! Dos dias todos meus vividos sem ti. Nos abraçamos ainda... Mas não podemos mais trocar de lugar Na nossa contra-dança Pela vida! E permanecemos quase imóveis... Quase estúpidos! Impossibilitados de sermos um. E somos dois! E não há muito o que fazer. Sento-me no meu chão... de giz. E tiro do meu bolsinho menino... Cachinhos de cabelos anelados... E confundo-os com os meus. E já não sei onde finda a criança de ti... E inicia a criança de mim. Chamei o teu olhar para dentro do meu... Ambos olhares meninos. E pedi a tua mão, então... Para a nossa contra-dança... Pela vida! E saímos a rodopiar! Sem chão! Ambos! Mas de uma felicidade sem par! E, sem querermos regressar... Escorregamos no arco-íris Dos nossos créditos coloridos sobre a vida! E fizemos trancinhas... Nas barbas risonhas de Deus... Que a tudo assiste. E nos entregamos ao Seu sorriso menino. Que Ele guardou, Neste dia de arco-íris, apenas nosso... À apenas nós... os dois! Haja que só cabemos nós... os dois! Neste nosso descompasso do hoje... Pela vida... pela vida! Escondo o meu rosto Da Lua Para não te ver. Mas o meu coração... Não tem mesmo jeito... É apenas teu... tão teu. Karla Mello 13 de Março de 2014 http://karlamelopoemas.blogspot.com
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 13/03/2014
Alterado em 08/12/2022 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |