da ferrugem que disse não
o silêncio é coisa medonha
invade o meu domingo do hoje e leva-me pelas mãos à uma morada antiga de cômodos desarrumados... de móveis estáticos que não eram brancos. nem vermelhos. foi tudo sempre assim... nem branco... e nem vermelho. indivíduos a andarem forçosamente sobre uma corda bamba. soltos. e caíram todos! hoje o silêncio acordou-me... tentando apressado dar luz... cor! aos objetos quase inanimados da morada antiga... e tentou ainda abrir janelas... emperradas todas. e a ferrugem filha das goteiras tantas e do tempo... da perda do tempo... a ferrugem filha do silêncio... negou a atitude ingênua do refresco inútil. sensata... muito sensata. a ferrugem é coisa medonha. a sensasetez também. karla mello 29 de setembro de 2013
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 29/09/2013
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