A Rosa e a Fênix
Ama-me de longe...
Pois que a febre da tua proteção Corrompe-me os passos E as palavras. E sempre transbordo-me. Nesta taça de amores que é apenas tua. Ama-me de longe... Pois que as garras minhas estão sempre afiadas. E a Rosa minha... Tu! Pétalas de textura da maior pureza, Acabo eu sempre por segurá-la sem medidas! Sob a força descabida do amor meu. E machuco-te sem querer... E é tão sem querer... E os espinhos teus revelam-se à mim Em resposta à este amor meu desmedido. Insano! Ama-me de longe... Mas não esqueças, Rosa minha de todos os orvalhos meus... Que nunca ninguém te amará como eu. E não esqueças ainda, Rosa minha tecida de todos os meus sonhos bons, De regar a este amor... De longe... Este amor quase doentio. Este amor que buscar-te-ia onde quer que tu estiveste! Nas profundezas dos "infernos" teus! Basta que queiras! Ficas longe... Deste inferno que é ser eu! Porque eu sou fênix... Refaço-me! E tu... És apenas a minha Rosa pura. Ama-me de longe... Pois que podes respirar sem que eu te sufoque. Pois que posso respirar sem chorar as lágrimas tão tuas. Pois que posso viver um pouco mais. Então sopra-me amores... De longe. Eu... Rego-te de amores. Karla Mello 27 de Agosto de 2013
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 26/08/2013
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