Renasço das dores, cinzas minhas!
E sobre as lágrimas, faço um barco.
E faço um leme...  E ergo um braço!
E arranco uma estrela do céu!
E calo a minha boca!
Mas planto estrela no céu da minha boca.
Essa estrela que é só minha.
E silencio... E calo e me arrelio!
Ah... Este silêncio que me consome!
E que alimenta a estrela minha!
E que é explosão para dentro!
E que sái das palavras minhas...
Todas!... Que escrevo eu!...
Nas tantas tortas linhas minhas.
Vida minha... Navego... Vida minha.
Num sempre barco de papel marché.

Karla Mello
19 de Agosto de 2013