E ela tem uma Rosa Vermelha
Cravada dentro do peito
Sempre Viva miudinha
Para ela apronta o leito
Sempre viva - Vibrante e Vermelha!
Sempre viva - Um tango, vinho e centelha!
Sempre viva - Um quase gozo em breve instante!
Sempre viva - Alma sempre esvoaçante!
E ela brinca de bem-me-quer!
E não necessita a Margarida!
E ela tem uma Rosa Vermelha
Nas sua chegada e sempre partida...
Traz nos breves gozos uma centelha!
De luz e acende e clareia a lida
De viver... de viver!
Sempre viva - Letras, choro e quase dom!
Sempre viva - Violada menina, despetalada!
Sempre viva - Mãe que morre, mãe que mata!
Sempre viva - Vil ou santa e pede o tom!
E ela tem uma Rosa Vermelha
Cravada dentro do peito
Ora é a sua cruz, ora é o seu deleito!
De viver... de viver!

A Rosa Vermelha ela queima em todo o mês de Novembro.
Porque ela nasce e morre e nasce... quase fênix!
No amargo doce, quase gentil, Novembro.

Karla Mello
01 de Novembro de 2012