Canteiros Equivocados
Trouxemos flores
De canteiros equivocados Resfolegantes, quase exterminados Por ervas daninhas nossas Em separados viveres. Trouxemos flores Agonizantes em sofreguidão E insistimos juntos Em uni-las e, pacientemente, Regá-las como se possível fosse. Como poderíamos, então, Apreensivos e pesados E a carregarmos em separado Potes de tantas mágoas, Regarmos juntos e tolos Flores equivocadas? Destruamos, então, O equivocado canteiro De mortas flores vivas De outrora. E olhemos nos olhos Dos plantadores de flores Vestidos de sonhos e cores. E pranteemos juntos... - por tudo - O que haveremos de quebrar Para, assim, renascer. E ergamos as mãos pro alto - em gratidão - Ao socorro que vem do Pai Que faz de nós, míseros e imundos, Brotar lindas sementes de boa vontade, Da possibilidade do amanhã, Onde não haveremos mais De prantear. Recomecemos sem cessar Com flores vivas e nossas Num canteiro de Amor Ainda mais belo, posto Verdade. Sem as ervas daninhas todas Dos nosso equivocados canteiros, Dos nossos separados viveres. E será tanta a Vida! E será bela a tão Viva Cor! Todas em tons e aromas e Sem sombras nem escuridão: E será o tão nosso, enfim, Vivo Canteiro de Amor. Karla Mello 17 de Abril de 2016
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 03/11/2016
Alterado em 03/11/2016 Copyright © 2016. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |