Rosa Branca de mim...
Que culpa cabe-me
À mim - botãozinho teu Gerada em teu ventre - pólem De Rosa Branca de amores e paz Do sorriso branco e terno Teu ao mundo... E sentir eu o perfume teu... perdura A inebriar-me da tua Graça E de saudades e eternidades?! Majestosa em vida... és vida! E enfeitas, hoje Encantas... Todos os anjos e jardins do céu. E os olhos do Criador Refletem a imagem tua Em perdão e amor Haja que és tu Todo o amor em gotas Que caem em chuva fininha Em bênçãos sobre mim... tão pequena eu. Hoje estás longe E passamos, quiçá, uma pela outra Em dimensões que não alcanço eu Pequena que sou. Mas sinto-te perto e sempre Mão amiga a amparar-me E sorris da minha pequenez Dos afetos humanos e loucos Outrora teus. E vestes a paz e todo o entendimento E sorris e tocas a minha face Sinto-te... Escuto-te a dizer-me: "Minha criança, minha criança..." Que culpa cabe-me À mim, botãozinho teu - pólem Que permaneço pólem - teu E que nuca serei Rosa Branca - sem ti Que consigo apenas ser grata a ti E amar-te até todos os fins E confins de mim. Descansa, então - repousa Rosa Branca do meu amor mais puro Pois ninguém sabe tanto de mim E ninguém... Nunca, nunca... Amará à mim no pouco que sou Rosa Branca de mim... Do meu amor. PS: À minha mãezinha que está no ceu há sete anos hoje. Karla Mello 28 de Abril de 2012
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 28/04/2012
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