Preciso Tradutor...
Tento ser objetiva…
Mas não reside objetividade no que invade-me. E eu que pensava já ter sentido tudo. E eu… tão certa de mim. Possuo a dor maior… das minhas. Apenas minha. Mas… infelizmente… não a é. Minha de fato. Faz-se um profundo silêncio em minha pequena existência – Hoje. Não… nunca existi pequeno. Sou muito intensa. Sempre tão leal a mim mesma. Com os outros?... Sim. Mas só depois que sou comigo mesma. Encontro-me quase indefesa. Num silêncio de quase luto – Implodi. Meio pagã… meio repleta de fé – Confusa. As minhas traduções sempre foram-me tão fiéis… Esta ponte que há entre o meu pensamento e a ponta da minha caneta… Onde está?... Ruiu – Hoje. Estou presa – Ausência da tradução. Sinto em minh’alma algo que, imagino… Os loucos do amor e da dor devem sentir ao quererem apenas expressar – Solidão. A imensidão do sentir… qualquer forma de sentir… Mas imenso. Hoje… dói o útero. Hoje… dói a alma. Hoje… dói a carne. Não… útero não pode ser carne – prima casa. Hoje… sem nome. Hoje… sem rumo – um novo rumo, quem saberá. Esta dor é minha. A possuo com a maior intensidade que se possa possuir. Mas… e, infelizmente… não é minha. O que posso eu fazer? Desdizer?... Vejo mais profundo – Chego a tocar a dor. Tão profunda a dor da morte… lacerante. Morri mais um pouco – Inocência. Morri mais um tanto – Vida Minha. Há um grito que ecoa… para dentro de mim. Sei que não escutas… Melhor assim. E a vossa face… linda… terna… Continuará para mim... intacta. Pois que ela existe em mim e somente em mim… Exclusivamente… para os meus afagos. Sempre… sempre… sempre. Choremos juntas… e inundemos o mundo com o nosso amor. E esvaziemos esta dor… Meu eterno amor. Karla Mello http://karlamelopoemas.blogspot.com
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 23/11/2011
Alterado em 23/11/2011 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |