CONCEITO HUMANO ANTI-FILOSÓFICO … SEI LÁ O QUE É ISTO!
É estranho como nós… ao nos depararmos com uma atitude humana insana
Abruptamente dizemos: “Não é um ser humano… Isto é um animal!” Ando a pensar sobre isto… Especialmente hoje… Ser um animal… um bicho… não seria uma evolução? Nós, homens, sempre a querermos SER. E preferimos sempre o SER o TER… ao EXISTIR. Um cachorrinho, por exempo… Faz o silêncio que deveríamos fazer… e não conseguimos. Perdoa sem qualquer área de sombra… nós não conseguimos também. Amigo certo que nos aceita como somos… tão imperfeitos. E nos ama… e não nos quer mudar nada… Aceita-nos e pronto. Na nossa intolerância à sua vidinha LIVRE e sem padrões pré-estabelecidos por nós. Estão aqui e ali… a fazer xixi onde lhe bem provir… E o outro “servicinho” menos cheiroso e agradável… em qualquer lugar!! Ahh… quantas vezes não magoo-me com o mundo… E gostaria imenso de fazer um “servicinho” destes nas “salas” dos hipócritas. Ser humano cansa muito. Canso-me de mim… Desta luta entre o bem e o mal que há em nossa essência… E que temos que ficar atentos a qual dos dois – BEM ou MAL - estamos a “alimentar”. E ainda ter que aferir tudo em sua relatividade e contexto… Ser humano cansa muito. Canso-me de mim… Gosto do olhar que sái da alma dos bichos… pelas suas janelinhas do olhar. E como são transparentes e objetivos… sempre. Não. Eles não mentem. Nós mentimos a eles. Dizemos que chegamos logo, que não vai doer, que o amamos. Até o amamos… mas nunca os colocamos em primeiro lugar… Eles sim a nós. Quando “andam na contra-mão humana”… entregam-se logo quando os olhamos no seu jeitinho desconfiado. E devem mesmo ficar a se perguntar… “Qual a importância deste tapete para este “meu” amado humano?” É tudo mesmo estranho neste nosso mundinho humano… E para eles… somos “dele”… e não nos dão ordem alguma. E para nós… são nossos… e os enchemos de “etiquetas humanas”… Coitadinhos. Reclamamos até dos pêlos que soltam pela casa… E nós… não enchemos os nossos ralos de cabelos? Nos “sujamos” de coisas muito piores! “Coisinhas” que não saem com água e sabão. Então… será que o animal são eles mesmo?... ou somos nós? Eles não matam os da mesma espécie… a não ser por mais absoluta necessidade. Nós matamos… de várias formas. Há algumas que nem percebemos. A nossa vaidade nos cega. Matamos no verbo, na ação, na arma-boca que fere. Na arma da mão que bate. E que mata. E somos todos suicidas… loucos. Morremos de tristeza a cada dia um pouco… cheios de contas a pagar. Contas da vida… Contas bancárias… Contas da nossa imensa vaidade de TER. Contas. Eles, não… Contas para eles… só as que cintilam como as estrelas… E que são um perigo em suas boquinhas inocentes. Engasgam com contas que cintilam. Engasgamos com contas da vaidade sem fronteiras… E acumulamos “contas” pela vida. Algumas nunca pagaremos… e pagaremos. Num outro espaço e tempo. Adiamos. Mas há os que acreditam que não pagarão… e eu os respeito. Ser humano cansa muito. Canso-me de mim. Ser bicho… de certo… é Evolução. Para pertinho de Deus. Karla Mello
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 03/09/2011
Alterado em 05/10/2017 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |