CONVERSAS DE PASSARINHOS...
Primavera… gotas de orvalho de manhãzinha.
Cantos de passarinhos… “conversinhas” boas sobre os acontecimentos do Outono. - Comadre que canta muito, sabe a dona passarinha da árvore machucadinha da esquina? Pois quase teve arruinado o seu amoroso ninho! Tantos filhinhos! Arrancou palhinhas por tantos dias… agasalhando bem os seus ovinhos. Arrancou tantas peninhas que quase não sobrava para ela aquecer-se… Até cedi umas das minhas para ela… eu e todos os habitantes da árvore machucadinha! Mas é sempre assim… movimentos lindos da natureza! Havemos que compreendê-los… necessários movimentos. Pobrezinha mesmo da árvore mchucadinha… sem propósito algum. Vem sempre aquele bicho… o homem. Sempre o homem. - E nasceram os filhotinhos? - Sim! São três!! …Tanta saúde, os bichinhos!! E a dona passarinha, a vizinha, da árvore machucadinha… Está a ensinar os primeiros vôos aos seus filhinhos. - Há que ensinar-lhes também sobre a maldade do homem. Hoje não pode-se criar filhos assim… tão inocentes e desinformados, coitados! - Ah… inocentes sempre o serão. E que os sejam assim, os bichinhos… Inspiram músicos, poetas, amantes… Àqueles! – Os “menos” homens! Há alguns que são natureza… fazem parte dela e sentem-se coexistir nela, como nós! Mas há outros… valha-me Deus! - Pois que não há quem possa com “aquela mão”. A mão que a tudo destrói… a mão que nasceu para semear… A mão que nasceu para cuidar de nós… e não obedeceu… A mão que nasceu para afagar… a mão que esqueceu-se mão. Hoje. Arma – mão. Primavera… cantos de passarinhos livres! Primavera… perfumes e pólens brincam de mãos dadas no ar. Primavera… é Primavera! Toda a natureza se veste lindamente!! Flores cozem “vestidinhos” novos… um colorido leve, tantos tons e ternura… - Escuta, minha amiga passarinha… Não devemos do homem desistir! Alguém já avisou a ele que é Primavra? Ele é tão fútil… tão tolo… Sempre tão ocupado a olhar para dentro e nunca à sua volta… Pobre homem… pobre árvore machucadinha… chora e canta a natureza. É Primavera! Precisamos avisar ao homem… que ela apenas sorri... Para ele. Karla Mello
Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 30/08/2011
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